quinta-feira, 17 de maio de 2012

Quem deseja me ""converter'''', leia as seguintes indicações (CONTRA-indicações):


Para que perder tempo discutindo concepções religiosas, julgando, se achando ‘dono da verdade absoluta’ e conhecedor dos mistérios e desígnios de Deus?
      Quer evangelizar? Faça-o sem arrogância, sem hipocrisia, sem prepotência, sem se achar ‘o máximo’ (afinal, se voce o é, DEUS sabe, e isso já deveria alimentar seu ego). O Exemplo começa por voce, suas ações, acredite, contam bem mais que meras palavras vazias, desprovidas de conteúdo.
      Portanto não me venha com suas falácias, demagogias, balelas e filosofias baratas. Se não tem atitudes suficientes para fazer a diferença e, se acaso, voce considera acumular bens ou primar por status prioridade, é sinal de que seus conceitos tampouco me interessam. Atitudes me conquistam e palavras, para me impressionarem, precisam ser muito empregadas. Quero ações altruístas... A vida é aqui e agora, e não me venha com essa de que não pode fazer a diferença, pois sempre é possível fazer algo (por pouco que seja).
      Enquanto sua preocupação estiver voltada para a reforma da casa, a troca do carro, a última tendência de sapatos ou até mesmo se vai repetir a roupa ao ir à Igreja, eu lamento, mas voce não vai me “converter”, perdeu-se uma alma... só não sei se a minha ou a sua honey!
      Não seja ignorante, reveja seus conceitos. Não alimente a intolerância... Respeite para, então, ser respeitado. Se voce acha que católicos, espíritas, budistas, agnósticos, ateus, hare krishnas, adeptos do Candomblé e todas as demais crenças e convicções estão condenadas “ÀS PROFUNDEZAS DO INFERNO” apenas guarde sua opinião e deixe que Deus decida, no final das contas, quem está agindo certo ou errado, repito: NÃO LHE CONVÉM JULGAR!!! Respeite a alteridade, só se vive uma vez, portando não perca tempo, seja feliz!

Outros olhares sobre o período colonial no Brasil. Breve Análise historiográfica dos textos



“Diálogos Oceânicos: Minas Gerais e as novas abordagens para o império marítimo português no século XVII” de Júnia Ferreira Furtado e “Política e administração colonial: problemas e perspectivas” de Laura de Melo e Souza. 

O texto “Diálogos Oceânicos: Minas Gerais e as novas abordagens para o império marítimo português no século XVII” é da autora Júnia Ferreira Furtado e faz parte do livro “O Governo dos Povos” de organização de Furtado, Bicalho e Souza. Neste texto a autora discute a importância de se estudar a história das Minas no período colonial estabelecendo um diálogo transatlântico entre Brasil e Portugal. Sua problemática centra-se nesta lacuna que se tem com relação à construção de uma identidade em comum, identidade esta resultado da Metrópole e seus colonos. 

 Desta forma a autora nos instiga a repensarmos os discursos que permeiam esta relação dicotômica entre Colônia e Metrópole, para tanto a autora justifica a necessidade de um estudo mais aprofundado, para além da mera definição da Metrópole enquanto sistema repressor. Furtado está inserida na mesma linha de pesquisa de Laura de Melo e Sousa, que é a nova história cultural. Vale ressaltar que ambas as autoras, apesar de seguirem uma linha de pesquisa recente, dedicaram-se ao estudo da história colonial, considerados por muitos estudiosos como ultrapassada, “coisa de conservador”. Entretanto estas autoras vêm mostrar uma nova abordagem, evidenciando que, de uma temática que parecia esgotada pode emanar novas problemáticas. Neste sentido Souza nos diz que é preciso entender a totalidade do sistema para que possamos perceber, por exemplo, o sentido da ausência desta produção acerca do período colonial, ela diz ainda que esta não-produção se dá como consequência do “ranço”português, por esta razão os estrangeiros foram quem traçaram suas hipóteses. 

Voltando ao texto de Furtado, ela nos diz que o poder metropolitano se manifestou na sociedade colonial de diversas formas (política, economia, instituições particulares, cotidiano), no entanto a sociedade colonial não era reflexo direto da Metrópole, este papel subordinado da colônia em relação à metrópole vem sendo criticado desde a década de 80. “Tal antagonismo fazia com que esta sociedade não fosse sua expressão direta e, enquanto procurava forjar uma identidade entre colonizador e colonizado, restava sempre espaço para a afirmação da alteridade. Como num jogo de espelhos ondulados, a sociedade colonial não era reflexo direto da ação metropolitana.” (FURTADO, 2009,p. 108). Segundo a autora, as primeiras mudanças na historiografia das Minas setecentistas ocorre com Wilson Cano que escreve o artigo “Economia do ouro em Minas Gerais” em 1978. Nos anos 80 Laura de Mello e Souza causa grande impacto na historiografia mineira do século XVIII com “Desclassificados do ouro” que evidenciou “o universo da pobreza e dos marginas na esteira da centralização do estado moderno” (FURTADO, 2009,p. 111). A autora mantinha a influência de Caio Prado Jr. e Raymundo Faoro, no entanto ela os ressignificou. 

O livro “Desclassificados do ouro” contribui para a renovação da historiografia no Brasil e em Portugal. “Ao dar um novo significado às interpretações clássicas de Caio Prado Jr. E de Raymundo Faoro, redimensionado o papel das autoridades coloniais na capitania, o livro abriu uma pujante veia historiográfica. Nesse aspecto, os trabalhos dos historiadores mais recentes têm se insurgido contra a dicotomia colônia X metrópole como modelo ideal para explicar as relações entre Portugal e seu império ultramarino na época moderna.” (FURTADO, 2006, p. 113). Furtado comenta que Caio Prado Jr. defendia que o sistema administrativo instalado pela Metrópole era caótico e irracional, por não ter se ajustado às necessidades da colônia. O resultado foi o surgimento de uma realidade não condizente com o que estava previsto na lei, como consequência surgiu uma indisciplina que deixou marcas na formação da cidadania e do espírito nacional brasileiro. “A influencia de Caio Prado Jr. Foi decisiva para a análise da administração mineradora [...] Para o autor, a imensidão geográfica do Brasil foi determinante na incapacidade das instâncias administrativas portuguesas de se fazerem presentes e se instituírem com eficiência o mando e a autoridade.” (FURTADO, 2009, p.110). Os estudos sobre Minas têm contribuído para a compreensão da delicada estratégia política da virada do século XVIII para p século XIX. O Brasil buscava estruturar sobre novas bases as relações entre os dois pólos do império. Neste contexto, a ruptura apresentava-se como uma das soluções possíveis para reequilibrar e garantir novo status político ao Brasil. Dessa forma o espaço urbano gerado nas Minas se configura enquanto “local preferencial de identificação cultural e política [...] Neste sentido, observou-se que as cidades se constituíram em sintonia com a diversificação econômica e promoveram a interação das diferentes atividades produtivas internas à capitania” (FURTADO, 2009, p.123). 

O outro texto a ser analisado é “Política e administração colonial: problemas e perspectivas” de Laura de Melo e Souza. Trata-se de parte do primeiro capitulo do livro da autora intitulado “Luz e Sombra: política e administração na América Portuguesa do século XVIII”. O eixo articulador da autora será justamente problematizar o porquê de se tratar a administração separada da colônia, para tanto ela faz uma discussão historiográfica estabelecendo uma ponte entre: Faoro, Prado e Sérgio Buarque, estes que são para a historiografia três conservadores de renome que consideram a centralização portuguesa como benéfica. Souza analisa o significado de “mandar e governar” na América portuguesa. A autora começa retomando o debate final da década de 1970, sobre como interpretar a economia e a sociedade da América portuguesa, com origens e repercussões tanto dentro como fora do marxismo, questionando a idéia de ‘sentido da colonização’ (citando Caio Prado Jr), e o conceito de ‘antigo sistema colonial’ (onde a autora comenta Fernando Novais). O resultado é uma análise da dialética ‘entre as partes e o todo’, eliminando a oposição mecânica existente entre metrópole e colônia, indo além da relação Brasil-Portugal na tentativa de entender a totalidade do sistema. Souza coloca que, os temas ligados às práticas administrativas estiveram por muito tempo sem relevância, junto à história política, principalmente no tocante à “administração portuguesa no Brasil dos tempos coloniais”. Para Sousa, “[...] a administração era tema sem nobreza nenhuma, bem ao gosto de historiadores afeitos à tradição e ao conservadorismo, numa senda em tudo oposta à que levava ao estudo do sistema escravista ou da formação da classe operária. [...] Estudar governadores, instituições locais – câmaras municipais, irmandades, misericórdias – ou gerais – conselhos como Ultramarino; tribunais, como a Relação – era atividade para os empoeiradíssimos Institutos Históricos, e quase inevitavelmente redundava em obras apologéticas ou encomiásticas”. (SOUZA, 2006, p.29) Nos últimos anos a História política e as práticas administrativas vêm sendo retomadas e isto é de fundamental importância, visto que é imprescindível para na compreensão da sociedade. A autora coloca que, até os anos 1970, tínhamos como parâmetros clássicos para pensar a administração portuguesa no período colonial, os trabalhos de Caio Prado Junior e Raimundo Faoro, onde a centralização da Coroa, levava a uma desorganização, causada pelo excesso de burocracia. A autora cita que, para Faoro há uma imposição de um Estado forte, mas distante, que não resolve. Outra citação interessante que 

Souza faz para se pensar esta questão é de Antonio Manuel Hespanha, que critica as leituras acerca da administração portuguesa nas colônias, mostrando que a partir dos novos estudos levados a efeito desde a década de 1980, principalmente na Europa meridional, alguns conceitos – Estado, centralização ou poder absoluto – foram repensados e perderam sua centralidade para explicar o poder nas sociedades políticas de Antigo Regime. Ele identifica nos estudos duas possíveis visões: uma do colonizador, na qual a imagem de um império centralizado esta ligado diretamente ao colonizador da metrópole; a outra, das elites coloniais, que elegem uma visão que celebra as independências frente ao colonialismo absoluto e centralizador, que se caracterizava pela exploração das riquezas locais e pela política agressiva contra as populações dominadas. 

Referências: SOUZA, Laura de Mello e. Política e administração colonial: problemas e perspectivas. IN: O sol e a sombra: política e administração na América Portuguesa do século XVIII. São Paulo, Cia. das Letras, 2006. p. 27-77. FURTADO, Júnia Ferreira. Diálogos Oceânicos: Minas Gerais e as novas abordagens para o império marítimo português no século XVII. IN: O governo dos povos/ SOUZA, FURTADO, BICALHO (Orgs.). São Paulo: Alameda, 2009, p. 107-130.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

O Sorriso e o silêncio (Gilberto Marcon)


Se quiser dizer algo...
Que fale como o vento fala às folhas,
Que fale como a brisa que ameniza o coração.
E então construa no silêncio,
E ainda assim ouça vozes angélicas a cantar.
Roube de ti a sensação de paz inexistente,
E troque-a pela paz almejada e tão distante.
Se quiser dizer algo...
Simplesmente não diga,
Pois que pode ser que já esteja presente,
No fruir das almas, no dirigir dos dias,
Nos desencantos e na magia dos destinos.
E então dê apenas um sorriso de satisfação,
Pois que seduzido pelo encanto,
Nada será tão atraente senão a paz.
Paz que não é imobilidade,
Mas movimento contínuo,
e harmônico.
De modo que nem lágrima, nem riso,
Mas a lividez do rosto que tem olhos de ver,
Dos ouvidos que sabem escutar segredos,
Da voz que fala mesmo no silêncio.
Pois que nem a letra, nem a sílaba,
Talvez nem mesmo a palavra,
Pois que transcende em encanto.
Pois que sorri apenas.
E no sorriso está a magia.
O limiar entre o “benvindo!”,
E o “adeus!”,
Para descobrir o prazer do “até breve”.
Pois que o prazer estará sempre no encontro,
No unir que vence as individualidades.
E, por isso, sejamos breves,
Impulsionados por nossa eternidade.
E perdido o tempo,
Não mais tempo algum,
Senão uma ilusão de minúsculo instante,
Onde vejo, com o coração, um sorriso.

Eu faria tudo tudo de novo!



"Eu amo tudo o que foi
Tudo o que já não é
A dor que já não me dói
A antiga e errônea fé
O ontem que a dor deixou
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia." (Fernando Pessoa)

Parece que foi ontem que ingressamos no Curso de História na UEPB, mais precisamente na Turma 2007.2. Olhares inseguros, assimilando a novidade do estar naquele ambiente desconhecido, cercados por pessoas estranhas. Logo fomos aproximando-nos, conquistando-nos e deixando-nos conquistar uns pelos outros de forma que, passados estes quatro anos, hoje sentimos o quanto nos dói essa despedida. Foram inúmeros, prazerosos, extraordinários, divertidos, sólidos, inesquecíveis, singulares momentos que marcaram enfaticamente nossa trajetória. O curso, mais do que uma profissão e bagagem teórica, nos possibilitou adquirir amigos e isso (como disse nosso amigo Diógenes, via Twitter)  "foi o que realmente valeu".

Hoje separamo-nos, no entanto fica a certeza de que fizemos acontecer, como disse nosso apreciável amigo Kellysson, fizemos história. Com lágrimas nos olhos comemoramos este término de curso e lamentamos a despedida. Porém, mesmo que não nos encontremos com frequência, ainda que não percebamos, estaremos sempre presentes uns na vida dos outros pois os laços que construímos ultrapassa o limite espacial da sala de aula, foi uma aprendizagem marcante. Não é o fim, mas o começo do resto de nossas vidas. Que nos deixemos perfumar pelo fluido de Primavera e sonhemos (como nos lembrou nosso amigo Robério, Potência!). Principalmente que tenhamos determinação e força de vontade (a exemplo do nosso amigo João) para lutar pelos nossos ideais. Lembrarei sempre e com especial afeição do meu "Grupinho do Amor" (Denise, Gaby, Hérica, Manu e Taty), amigas maravilhosas, cada qual com suas qualidades que me cativaram e coloriram meus dias (no caso de Taty, coloriu no sentido literal) amo muito voces. E o que dizer dos momentos "pão com mortadela" onde eu, Denise e Renato e, por vezes João, passávamos os sábados nos cursos de extensão? Também como esquecer o EREH (ou NO LIMITE!), destaque para a aflição incontrolada de Fernanda (com todo seu drama), que acabou desistindo e voltando para o aconchego do lar, juntamente com Gaby; restamos eu, Denise, Renato e Luan... e a volta no ônibus? Rsrsrs foi ótima!

É gente, "nós livramos", como costumávamos dizer durante nossas conversas na Copiadora Penélope, onde morríamos de rir compartilhando as 'besteiras mais importantes do mundo' (destaque para as histórias de Diógenes, as mais hilárias de todos os tempos). É como dizem: "Tudo passa", e como passou rápido, mas tudo deixa significação. Nossas subidas ao centro da cidade, não eram mera caminhada, mas instantes de interação nos quais fluíam nossos insights (cujos melhores eram os de Ezequiel, Kellysson e Renato). São memórias em torno do Açude Velho carregadas de sentido e que, só agora nos damos conta do quanto são importantes.

Quero agradecer a todos os professores que, de muitas formas, fizeram parte de nossa formação, enquanto sujeitos pensantes, críticos. Em especial à professora Vanuza (com sua paciência diante do nosso desânimo, quando ela tentava nos direcionar com seus conselhos sempre válidos) e ao prof. Camilo, que nos encerraram no curso e com quem aprendemos demasiadamente. Agradeço principalmente a todos voces: CARLOS, DENISE, DIÓGENES, EZEQUIEL, EDUARDO, FERNANDA, GABI, HÉRICA, ZIZA, JOÃO, LUAN, KELLYSSON, MANU, MICHELLE, RENATO, ROBÉRIO E TATTY. Lembro também de Paulo (o querido Apófis) , grande amigo também que nos alegrava muito, Édna, Jociene, Fhairussy e as demais pessoas que passaram por nossa turma. Peço desculpas se magoei alguém. Tivemos conflitos, mas somos seres de relação e divergimos em opiniões, muita vezes falamos o que não queremos e machucamos a quem não devíamos machucar. Foi um prazer enorme compartilhar minhas manhãs com todos e desejo muita saúde, sucesso e felicidades. Como disse a profa. Vanuza em nossa última aula "busquem a felicidade, que é o mais importante". Não importa o que façamos, onde estejamos, que sajamos felizes e façamos as pessoas à nossa volta felizes. Encerro esta fala não com tristeza, mas com gratas lembranças, muito feliz por ter feito parte dessa turma.  Amo voces e caso precisem, podem contar com a minha consideração.                          
                                                                                                     Mônica Valéria

Dicionário Paraibanês



Abestado; Abestalhado

Açoite: Chicote

Acunhar: Agir bruscamente

Afolosado: Frouxo/folgado

Agoar: Regar

Amuado: Chateado

Alcoviteira: Pessoa que faz intermediação ou apóia namoro proibido

Aloprar: Exagerar

Alpercata: Sandália rasteira de couro cru

Amancebado: Aquele que não é casado no papel

Arenga - Briga

Ariado: Desorientado, sem rumo.

Arretado: Algo ou alguém muito bom; estar com raiva

Arripunar: Engasturar

Arrochado: Pessoa de palavra, que faz o que promete/ apertado

Arrodear: Dar a volta.

Assanhado : Despenteado.

Avexada: Com pressa, preocupada, nervosa

Avoado: Distraído.

Azilado: malandro, pessoa sem futuro

Baliadeira: Estilingue

Bilôla: Sentir-se mal

Boiar: sobrar

Botar boneco: Discutir

Botar pa decê: Divertir-se

Brenhas - Lugar longe e de difícil acesso

Bufete : Soco, murro

Bulir: Mexer com alguém

Caba: Homem

Cabimento: Ousadia

Cangote – Pescoço

Canguêro: Motorista ruim.

Carrêgo: Pessoa ou lugar perigoso.

Catabí: Buraco na estrada

Catombo- Calombo, galo

Catraia: Puta de última categoria; mulher muito feia

Catrevage: Xingamento

Chamboque: Reboco, pedaço

Cipuada: Pancada forte

Coió: quando a pessoa está cansada, ‘acabada’

Cotôco: Resto

Currulepe: Sandália

Dar Um Migué: Enganar.

Dar fé: Perceber.

Desembestado: Apressado.

Desenrolado: Esperto

Disunerar: desandar , perder o ponto da receita

Descabaçar – Desvirginar uma donzela

Desopilar - Descontrair

Emburacar: Entrar sem pedir licença

Emendar: Consertar.

Empachado: Aquilo que não fez a digestão

Encarcar: Apertar

Enturido: Muito cheio, entupido

Escacaviar: Procurar

Escangalhado: Arrebentado

Estribado: Rico.

Ficar solto na bagaceira: Ficar solteiro.

Ficar todo errado: Encabular.

Fiteiro: Camelô

Folote: Frouxo, folgado

Friviando: Latejando / palpitando

Frouxo: Medroso

Fubento: Desbotado, muito usado

Gaiato: Pessoa muito engraçada

Garapa: Água com açúcar

Gastura: Aflição, mal-estar

Gazear: Matar aula

Gota Serena: expressão que denota agitação

Guelar: Ter vantagem às custas dos outros, comer ou beber

Gurejar: Desejar

Iapoi: Usa-se para confirmar ou concordar

Imburacar: Entrar sem pedir licença

Incriquiado: Cabelo crespo

Inhaca: Cheiro ruim

Instruí: Desperdiçar

Intuado: Pessoa radical.

Incangado: Em cima, junto, que não se separa.

Infeliz das costas ocas

Insacar: Passar a camisa por dentro do cós da calça

Invocado: Com raiva

Ir com a bixiga taboca: Ir com sede ao pote

Istruir: Desperdiçar

Lesado: Bobo

Liso: Sem dinheiro

Malamanhado: Desarrumado

Mangar: Rir de uma pessoa

Marmota: Pessoa desajeitada

Massa: Tudo o que é bom

Melado: Suado

Miaeiro: Cofrinho para moedas

Mói: Quantidade indeterminada

Muído: Situação que não se resolve nunca.

Mulinga: Raiva

Mundiça: Grupo de pessoas mal-educadas, Gentalha

Munganga: Caretas, gestos exagerados

Muriçoca: Pernilongo

Né isso,hômi : Concordo com você

Oxente!: Interjeição de espanto

Pantim: Frescura

Pastorar: Tomar conta, vigiar

Peba: Tudo o que é ruim

Pegar o beco: Ir embora

Pitoco: Botão de som

Pixotinho; Chôcho: Muito pequeno

Poivar: Boca- livre, comer ou beber de graça

Riri: Zíper

Ronxa: Hematoma

Ruma: Muita coisa

Segurar vela: Acompanhar casal de namorados

Sibite: Pessoa muito magra

Talhada: Fatia de melão ou de melancia

Tapiar: Enganar

Tirinete: Furdunço

Torar: Quebrar, romper

Troço: Coisa ou pessoa imprestável

Tamborete de Forró: Pessoa muito baixa

Tomar uma: Beber

Triscado: Começando a ficar bêbado

Vice: Viu!??!

Vôte: Interjeição de espanto

Xiringar: Lançar jato

Zoada: Barulho



'Lá no meu sertão pros caboclo lê têm que aprender um outro ABC' Luiz Gonzaga